Todo início de ano é a mesma coisa: lista de material escolar em mãos e a procura por informações que auxiliem a nós, mães e pais, a fazer compras que caibam no bolso, causem menos impacto, sejam coerentes e, de preferência, com baixo teor de publicidade.
Aqui no Milc somos 3 mães com filhos em idade escolar: Debora tem 3; Mariana, 2 e Vanessa, 1. Além disso, Debora também é professora, ou seja, acabamos ficando “experts” no quesito compra de material escolar. Pensando nisso, elaboramos algumas dicas para uma volta às aulas livre de consumismo :
1 – Nada de lista de material gigantesca!
Se a lista de material escolar estiver quilométrica acione o sinal de alerta. As escolas são proibidas por lei de exigir itens de uso coletivo na lista ou de cobrar taxas adicionais por eles.
A legislação proíbe também pedir material de uso coletivo “Será nula cláusula contratual que obrigue o contratante ao pagamento adicional ou ao fornecimento de qualquer material escolar de uso coletivo dos estudantes ou da instituição, necessário à prestação dos serviços educacionais contratados, devendo os custos correspondentes ser sempre considerados nos cálculos do valor das anuidades ou das semestralidades escolares.” ( art,1 & 7 da Lei 9.870/99)
Material em excesso também é considerado abusivo e a escola não pode pedir material de marcas específicas ou determinar que os pais comprem o material em uma papelaria em especial. Na dúvida, consulte o Procon de sua cidade.
Para consultar uma lista com 60 produtos que não podem constar da lista de material escolar clique aqui
2 – Reaproveitar é sempre boa ideia!
Muitas vezes, o que a mochila e o estojo precisam é só de água e sabão. O modo mais fácil é deixar de molho e depois colocar na máquina de lavar.
Antes de sair comprando tudo novo, que tal dar uma olhada no que sobrou? Aqueles 2 cadernos espiral usados pela metade podem se transformar em um caderno novo! Se você tiver um pouquinho de habilidade , tempo ou quiser uma experiência divertida com seus filhos, ainda pode arriscar uma personalização.
Este vídeo mostra como a encadernação pode ser fácil:
3 – Organize uma feira ou grupo de trocas de materiais, livros didáticos e uniformes!
Vale à pena conversar com a escola e tentar organizar uma feira de trocas. Todos os pais estão no mesmo barco, reutilizar é legal e o meio ambiente agradece. Já existem grupos de troca de material escolar e uniformes nas redes sociais. Se na escola dos seus filhos ainda não existir um grupo, que tal começar um?
5 – Parceria é a solução!
Depois da lista revisada (excluindo os itens proibidos por lei e os já reaproveitados ou trocados) é hora de ir às compras e isso é inevitável. Uma vez diante das prateleiras o que podemos fazer?
– Pesquisar os preços entre as papelarias;
– Reunir um grupo de compras e fazer compras no atacado. Além de redução de custos ainda estimula a formação de vínculos e dá um bom exemplo de cooperação entre famílias para as crianças, competição;
– Buscar mais uma vez a parceria da escola e estimular compras coletivas de itens que as crianças podem usar em conjunto como tintas, pincéis, giz de cera… Assim, é possível reduzir a quantidade de embalagens.
5 – Fuja dos licenciados!
Nem precisamos lembrar o bombardeio que é a publicidade de material escolar com personagens.
O apelo da publicidade de produtos licenciados é cruel com crianças: difunde uma ideia de que eles serão muito mais legais, populares, inteligentes se tiveram o kit completo de materiais do personagem “x”. Que criança não quer se sentir assim na escola? Sabemos, porém, que isso não existe. Ninguém fica ” mais legal’ por ter um produto licenciado. Esse tipo de publicidade gera ansiedade na criança e estresse familiar, já que não é algo acessível a todos, o preço é praticamente o dobro, além de incentivar o consumismo ( compras desnecessárias ). Quando verificamos o valor de um produto devemos levar em consideração a qualidade, durabilidade e não a presença de personagens.
Vamos falar a verdade: qual a função de uma borracha? Apagar bem!!! Borracha que apaga bem para podermos começar tudo de novo, não precisa de personagem.
6 – Compre de empresas com responsabilidade social e ambiental!
Para nossa alegria existem empresas realmente preocupadas em produzir materiais de qualidade e com responsabilidade social. Um exemplo é a Mercur que desde 2011 optou por não vender mais produtos licenciados, pois entendeu que os personagens geram mais consumo e confundem a percepção das pessoas sobre a real necessidade e utilidade desses produtos. Há muito tempo, a empresa deixou de fazer propaganda, preferindo optar por construir, com os veículos que a procuram, uma relação em que seja possível falar sobre conteúdos que façam sentido para a evolução da educação e da saúde.
* Este é um publieditorial – Antes que alguém diga: “Ué, mas vocês não são contra as marcas? Como podem estar falando de uma marca agora?” , quem nos conhece já sabe que entendemos que os valores humanos devem estar acima dos interesses das empresas. É esta nossa visão e ela permeia este post aqui. Para saber mais sobre parceria Milc- Mercur, clique aqui. Para conhecer o site da Mercur, clique aqui